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Geração Distribuída: O que é e quais são as vantagens?

A geração distribuída é uma forma de produzir energia elétrica a partir de fontes renováveis ou de cogeração qualificada, como a solar, a eólica e a hídrica, no local de consumo ou próximo a ele. Essa modalidade de geração traz diversos benefícios para os consumidores, para o meio ambiente e para o sistema elétrico nacional.

Neste artigo, vamos explicar o que é geração distribuída, como ela funciona, quais são as suas principais características e vantagens, e como você pode aderir a essa tendência sustentável e econômica.

 

O que é geração distribuída?

Segundo o Decreto-Lei n.º 5.163 de 2004, geração distribuída é a produção de energia elétrica por meio de pequenas centrais geradoras que utilizam fontes renováveis ou cogeração qualificada e que se conectam à rede de distribuição local.

A geração distribuída pode ser classificada em duas categorias: microgeração e minigeração. A microgeração é aquela com potência instalada até 75 quilowatts (kW), enquanto a minigeração é aquela com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 3 megawatts (MW), podendo ser até 5 MW em situações específicas.

A geração distribuída se diferencia da geração centralizada, que é aquela realizada por grandes usinas hidrelétricas, termelétricas ou nucleares, que ficam distantes dos centros de consumo e que transmitem a energia por longas linhas de transmissão.

Como funciona a geração distribuída?

A geração distribuída funciona por meio do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), que permite ao consumidor gerar sua própria energia elétrica e injetar o excedente na rede da distribuidora local, recebendo créditos que podem ser usados para abater o consumo futuro.

O SCEE foi regulamentado pela Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, que estabeleceu as regras para o acesso de micro e minigeração distribuídas aos sistemas de distribuição de energia elétrica. Essa resolução foi posteriormente alterada pelas Resoluções Normativas nº 687/2015, nº 786/2017 e nº 1.059/2023, que trouxeram aprimoramentos e adequações às normas vigentes.

Para participar do SCEE, o consumidor deve solicitar à distribuidora local a conexão da sua central geradora à rede, apresentando os documentos necessários e seguindo as normas técnicas aplicáveis. Após a aprovação da solicitação, o consumidor deve instalar um medidor bidirecional na sua unidade consumidora, que registra tanto a energia consumida da rede quanto a energia injetada na rede pela central geradora.

A partir daí, o consumidor passa a gerar sua própria energia elétrica e a compensar o seu consumo com os créditos gerados pelo excedente. Os créditos têm validade de 60 meses e podem ser usados na mesma unidade consumidora ou em outra unidade do mesmo titular, desde que estejam na mesma área de concessão da distribuidora.

Quais são as características da geração distribuída?

A geração distribuída possui algumas características que a tornam uma opção vantajosa para os consumidores e para o sistema elétrico nacional. Veja algumas delas:

– Fontes renováveis: A geração distribuída utiliza fontes de energia limpas e renováveis, como a solar, a eólica e a hídrica, que não emitem gases poluentes nem contribuem para o aquecimento global. Além disso, essas fontes são abundantes no Brasil e podem ser aproveitadas em diversas regiões do país.
– Proximidade com o consumo: A geração distribuída ocorre

Vamos abordar alguns dos benefícios e desafios dessa modalidade de produção de energia elétrica. A Geração Distribuída (GD) consiste na instalação de pequenos geradores de energia, geralmente a partir de fontes renováveis, próximos aos pontos de consumo, reduzindo a necessidade de transmissão e distribuição de energia. Essa forma de geração pode trazer vantagens tanto para os consumidores quanto para o sistema elétrico nacional.

Entre os benefícios da GD, podemos destacar:

– Economia na conta de luz: os consumidores que aderem à GD podem reduzir ou até zerar o valor da sua fatura de energia, dependendo do tipo e da capacidade do gerador instalado. Além disso, podem aproveitar os créditos de energia gerados pelo sistema e compensá-los em outras unidades consumidoras dentro da mesma área de concessão.
– Sustentabilidade ambiental: a GD contribui para a diversificação da matriz energética brasileira, que ainda é predominantemente baseada em fontes hidrelétricas e termelétricas. Ao utilizar fontes renováveis, como solar, eólica e biomassa, a GD reduz as emissões de gases de efeito estufa e outros poluentes, além de preservar os recursos hídricos.
– Segurança energética: a GD aumenta a confiabilidade do fornecimento de energia, pois diminui a dependência das redes de transmissão e distribuição, que estão sujeitas a falhas e interrupções. Além disso, a GD pode atuar como uma fonte complementar ou alternativa em situações de escassez ou racionamento de energia.
– Desenvolvimento econômico e social: a GD estimula a geração de emprego e renda, tanto na instalação quanto na manutenção dos sistemas. A GD também pode favorecer o acesso à energia elétrica em áreas remotas ou isoladas, onde a rede convencional não chega ou é precária.

No entanto, a GD também enfrenta alguns desafios para se consolidar no Brasil, tais como:

– Custo elevado dos equipamentos: apesar da redução dos preços nos últimos anos, os sistemas de GD ainda exigem um investimento inicial alto, que pode inviabilizar a sua adoção por parte de consumidores de baixa renda ou com dificuldade de acesso ao crédito.
– Regulação complexa e heterogênea: a GD está sujeita a uma série de normas e regulamentos que variam conforme o tipo de fonte, o porte do gerador, o modelo de remuneração e a localização do consumidor. Essa diversidade pode gerar insegurança jurídica e dificultar o planejamento e a gestão dos projetos.
– Impactos na rede elétrica: a GD pode causar distúrbios na qualidade e na estabilidade da tensão e da frequência da rede elétrica, exigindo investimentos em equipamentos de proteção e controle. Além disso, a GD pode afetar o equilíbrio entre oferta e demanda de energia, alterando os preços e os custos do setor.

Diante desse cenário, é importante que haja um diálogo entre os agentes envolvidos na GD, como consumidores, geradores, distribuidoras, reguladores e governo, para que se possa encontrar um equilíbrio entre os interesses e as necessidades de cada um. A GD é uma tendência mundial e uma oportunidade para o Brasil avançar na transição energética para um modelo mais limpo, eficiente e democrático.